Hoje a Doutor Resolve vai te mostrar os cuidados que devem ser tomados na hora da instalação do piso Inter travado de concreto, a revista equipe de obra nos mostrou esta matéria e acreditamos que vale apena conferir, afinal está sendo muito utilizado este tipo de pavimentação, e nesta matéria você vai conhecer as características técnicas dos pavers e as diferentes formas de empregá-los, não perca!

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Muitas calçadas, pátios, estacionamentos e áreas externas de condomínios são revestidos com bloquinhos de concreto, os bloquetes. Também são conhecidos como pavers (pronuncia-se “pêivers”) ou pavimentos drenantes, porque são assentados diretamente sobre o solo ou areia e podem, assim, deixar infiltrar a água de chuva em vez de jogá-la para os bueiros, galerias e córregos, auxiliando também na drenagem da água da chuva evitando poças de água, e ajuda muito a evitar alagamentos, porque o solo pode absorver boa parte da água. Esse pavimento também é bom porque podemos retirar os blocos, consertar tubulações enterradas e depois recolocar as peças sem quebra-quebra.

Os pavimentos de concreto intertravado são compostos de peças pré- -moldadas que não utilizam rejunte e são assentadas diretamente sobre um colchão de areia. Esse sistema facilita a drenagem da água e, portanto, aparece como uma boa opção para a redução de impactos das chuvas, colaborando para a diminuição de superfícies impermeabilizadas e diminuindo o escoamento superficial. Além do cinza, a cor natural do concreto, você pode encontrar bloquetes nas cores terracota, vermelho, cinza-escuro, camurça e amarelo. Onde também temos a possibilidade de fazer uma paginação de piso diferente e descontraída com as cores.

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Os bloquinhos são vendidos pelas empresas por metro quadrado e estocados sobre paletes de madeira ou cintados. São oferecidos em diversos formatos, cores e modulações, com espessuras que vão de 6 cm a 10 cm, de acordo com a aplicação. As características das peças de concreto intertravado variam de acordo com o tipo de tráfego que o pavimento comportará.

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Para tráfego de pedestres, ciclovias ou ruas internas de condomínios, por exemplo, podem ser utilizados blocos com 40 mm e 35 MPa de resistência. Já para uso em vias com tráfego mais intenso e de veículos maiores, são recomendados os blocos de 50 MPa. A resistência do material também muda conforme o tipo de tráfego sobre o pavimento. Todos esses pisos devem atender a uma resistência mínima de compressão de 35 MPa para a circulação de veículos leves e de 50 MPa para veículos pesados.

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Os pavers são produzidos para atingir alta resistência à compressão (35 MPa a 50 MPa), igual ou maior que das estruturas dos edifícios. Quando o arquiteto ou engenheiro projeta o piso, ele determina qual o tamanho mais adequado para utilizar, qual a espessura das camadas de sub-base e subleito, justamente para suportar as cargas, não afundar e não quebrar.

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Obrigatoriamente, devem-se executar contenções laterais para evitar o deslizamento dos blocos. Ao limpar o piso, deve-se tomar cuidado se for usar máquina de hidro jateamento. O jato muito forte nas juntas entre os blocos pode retirar a areia que serve de rejunte e soltar peças. A realização de reparos e manutenção em pisos Intertravados é facilitada, pois as peças podem ser retiradas e recolocadas sem a necessidade de quebras e geração de resíduos sólidos.

NORMAS TÉCNICAS
NBR 15.115:2004 – Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil – Execução de Camadas de Pavimentação – Procedimentos

NBR 12.752:1992 – Execução de Reforço do Subleito de uma Via – Procedimento

NBR 11.798:2012 – Materiais para Base de Solo-Cimento – Requisitos

NBR 11.803:2013 – Materiais para Base ou Sub-Base de Brita Graduada Tratada com Cimento – Requisitos

NBR 11.806:1991 – Materiais para Sub-Base ou Base de Brita Graduada – Especificação

NBR 11.804:1991 – Materiais para Sub-Base ou Base de Pavimentos Estabilizados Granulometricamente – Especificação

NBR 15.953: 2011 – Pavimento Intertravado com Peças de Concreto – Execução

NBR 9.781: 2013 – Peças de Concreto para Pavimentação – Especificação e Métodos de Ensaio

NBR 12.307: 1991 – Regularização do Subleito – Procedimento

CHECKLIST
– Busque fornecedores certificados e que atendam às normas técnicas

– Caso a empresa não tenha certificação, realize ensaios para testar as características do material

– Negocie com o fabricante a entrega em paletes plastificados, pois isso agiliza a descarga e evita choques mecânicos

– Se necessário, armazene as peças em local plano, seco e próximo ao local de uso

– É recomendável conciliar o ritmo de recebimento do material com a velocidade de assentamento, evitando deixar as peças paletizadas por muito tempo

– Antes do assentamento, verifique se as peças já atingiram no mínimo 80% da resistência especificada, pois embora a idade de referência para controle da resistência seja de 28 dias, as peças normalmente são entregues quatro ou cinco dias após sua produção

– Na hora da execução, fique atento às recomendações do projeto e às orientações da NBR 15.953

BOAS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO

Nivelamento da base

Com o solo previamente regularizado e compactado, faça o nivelamento inicial com bica corrida em toda área a ser pavimentada. Com uma enxada, espalhe bem para que nenhuma área fique desnivelada.

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Referência e caimento

Em seguida, faça as medições e tire os pontos de referência conforme os caimentos necessários. O próprio bloco pode servir de ponto. Faça isso em toda a área que será pavimentada.

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Espalhamento do pedrisco

A base para receber as peças deve ser preparada com pedrisco limpo. Primeiro, espalhe todo o pedrisco com uma enxada. Cuidado para não cobrir ou danificar os pontos de referência. De acordo com os pontos posicionados inicialmente, faça o sarrafeamento do pedrisco com uma régua (foto).

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 Colocação das peças

Depois que a base estiver totalmente nivelada, comece a organizar as peças no chão. Inicie pelo bloqueio, que pode ser uma guia, um muro ou algo onde o bloco possa ser contido. Nesta etapa, utilize uma linha de pedreiro para manter o nivelamento. Siga com o encaixe dos blocos. Neste caso, o encaixe foi feito no modo espinha de peixe, que é mais indicado para o tráfego de automóveis.

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Arremates

Quando a execução chegar no outro canto, será preciso fazer os arremates. Para isso, marque, com um lápis, o tamanho necessário do bloco.

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Guilhotina
Com uma guilhotina de pressão, corte o piso com cuidado para dar o encaixe.

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Encaixe
Com o cabo da marreta, encaixe o bloco cortado. Realize os demais arremates até ficar dessa forma (foto).

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Rejuntamento
Depois de finalizar os arremates, faça o rejuntamento com areia média lavada. Não é usado cimento, apenas areia. Jogue-a sobre o pavimento e depois, com uma vassoura, espalhe-a por toda a área a fim de preencher os espaços entre os blocos.

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Compactação

Por fim, utilize um rolo compactador para fazer o travamento do piso. Passe-o por todo o pavimento em movimentos de vai e vem. Depois de travá-lo, a execução está finalizada e já pode receber tráfego de veículos.

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DESENHO E TIPOS DE PAGINAÇÃO

modelos de pisos

Os blocos possuem vários tamanhos, formatos e maneiras de assentamento. Voce^pode fazer o pavimento de diversas formas (paginação): junta corrida, em dama ou junta amarrada. Se no local passarem automóveis, caminhões de peixe a 90° ou 45° em relação ao sentido do tráfego.

Um dos mais tradicionais blocos de concreto é o retangular, que é chamado de tijolinho. Para executar 1 m², utilizam- se 50 peças desse tipo. Já com o bloco de 16 faces, são necessárias apenas 40 peças, o que gera economia. Este pavimento é versátil e pode ser executado, geralmente, em três Layouts diferentes: amarração, dama e espinha de peixe. É importante seguir o projeto de pavimentação, que irá definir as espessuras das camadas de base e a espessura das peças de concreto. A instalação também deve ser orientada pela NBR 15.953. Os principais cuidados estipulados pela norma são a verificação da base, que deve estar compactada, e sua espessura; a execução da camada de assentamento em relação ao material utilizado e sua espessura; o correto alinhamento inicial na partida do assentamento das peças; e a prévia execução das contenções, tanto externas como internas, que garantirão o intertravamento das peças.

Link de acesso da matéria na revista digital equipe de obra: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/66/artigo301527-1.aspx

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