Hoje a Doutor Resolve vai mostrar um tipo de tubulação que está no mercado há algum tempo e ainda é pouco conhecido pelos brasileiros, o PEX, hoje ele já pode ser utilizado tanto para instalações de água fria quanto também para águas quentes, fique de olho nesta matéria.

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Há algumas décadas a tubulação de água dos edifícios era feita em ferro fundido, cobre e outros metais. Com o passar do tempo, por questões de manutenção e durabilidade, esses materiais deram lugar ao PVC e ao CPVC até que esse fosse matéria prima quase absoluta de tubulações hidros sanitárias domésticas.

O PVC é um material abundante no mercado, impermeável e também resistente, e que tem preço acessível e é relativamente fácil de ser instalado. Para tanto, existem dezenas de tipos de conexões para adaptar-se as condições de projeto. Entretanto, tem baixa resistência e altas pressões e utiliza cola para união entre tubo e as pelas conectoras.

Muitas vezes, quanto um material é muito utilizado e exposto no mercado, o consumidor não enxerga ou dispõe facilmente de outras alternativas, o que é ruim para os fabricantes desses outros produtos, que muitas vezes são os mesmos do popular e também para o consumidor que deixa de conhecer vantagens de outros produtos.

Com o crescimento da utilização do gesso acartonado como vedação, as paredes ficaram mais finas, complicando um pouco a instalação hidráulica. Assim, os principais fabricantes de tubo de PVC desenvolveram uma linha alternativa para tubulação de água fria e quente: o PEX.

Trata-se de um material fabricado em polietileno reticulado. Suas uniões são feitas através de conexões metálicas, é resistente a altas pressões e temperaturas. Apresenta baixa condutividade térmica e resistente a altas pressões e temperaturas. Apresenta baixa condutividade térmica e resistência ao impacto. Não sofre corrosão, não necessita de juntas de dilatação para instalações em água quente e a tubulação é flexível.

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As principais vantagens do PEX são:

  • Tubulação maleável. A capacidade de fazer curvas com a mangueira do PEX permite utilizar menos conexões, como joelhos e cotovelos, evitando o risco de vazamento. Além de ser melhor trajeto, para a água, isso reduz em até dez vezes o tempo médio de instalação em relação ao sistema convencional de PVC.
  • Facilidade de instalação, pois permite manuseio rápido e instalações ponto a ponto.
  • Durabilidade de 50 anos.
  • Utilização de bitolas menores, se comparando a sistemas convencionais de instalações hidráulicas (PPR, CPVC e PVC).
  • Instalação que permite fácil manutenção e redução de entulho já que não necessita de quebra de parede.
  • Leveza que facilita o transporte das bobinas assim como estocagem.
  • Diminuição do desperdício durante instalação.
  • Redução no número de conexões.
  • Alta resistência química de conexões.
  • Baixa perda de calor.
  • Compatibilidade com vários métodos construtivos (drywall, alvenaria convencional e estrutural). Indicarmos o seu uso para sistemas de drywall.

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Grandes construtoras, por já terem adotado o dryall em parede internas, já vem utilizando largamente o sistema PEX e com ele vem surgindo também outras alternativas ao quebra-quebra da obra, mesmo quando se utiliza alvenaria.

Neta imagem abaixo podemos entender um pouco mais sobre a flexibilidade da utilização do PEX:

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Para facilitar a manutenção de tubulação de água e esgoto, os edifícios normalmente constroem Shafts, ou seja, colunas onde os tubos passam juntos e assim facilmente identificados e sofrerem a devida manutenção. Aqueles que moram em apartamento provavelmente tem um ressalto na parede do banheiro, próximo ao chuveiro. Provavelmente trata-se de um Shaft.

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O recurso é muito válido e prático e facilita a manutenção das tubulações principais. Contudo, não resolve o problema de manutenção das ramificações da tubulação, como a pia, o lavatório e até mesmo o chuveiro. Alguns profissionais tendem a fazer pequenos shaft (bonecas) que sobressaem-se da parede, a fim de localizar melhor o tubo quando necessário, mas o que não resolve o problema da demolição. Para essa situações, existem no mercado soluções pontuais para esses casos. Encontramos um kit industrializado que contém algumas peças que evitam o quebra-quebra na hora da manutenção dos pontos.

Um dos métodos é o da carenagem. Pode-se dizer que o nome embora diferente, traduz um conceito já utilizado nas instalações elétricas aparentes (ou sistema X). Neste caso, assim como na elétrica, o tubo de água ou esgoto é passado externo a parede, a carenagem dos tubos consiste em esconder as tubulações através de peças plásticas ou metálicas descartáveis como na foto abaixo:

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A peça é resistente e discreta, na maioria dos casos vai ser camuflada por um armário embutido. Repare que é possível com uma peça ocultar tanto a tubulação de água quanto a de esgoto. Existem no mercado diversos tamanhos de peças de carenagem. Outro sistema interessante é o de chassis. Eles são peças metálicas embutidas na alvenaria, que abrigam postos-chave das tubulações. Algo como as caixas de passagem nos sistemas elétricos. Abaixo temos a foto do chassi esgoto:

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O Chassi Esgoto é desenvolvido a partir de estruturas metálicas ou plásticas que posicionam e sustentam a passagem das tubulações de esgoto e hidráulica. Essa estrutura metálica é feita em aço galvanizado, acompanhando tubulações de esgotos em PCV, passantes plásticos para tubulação PEX e carenagem plástica para acabamento.

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Há também o chassi chuveiro. Estruturado também em aço ou plástico, eles posicionam e sustenta, os registros e o ponto de chuveiro. Esse Chassi é composto por: travessas metálicas; suporte para registros de pressão e de gaveta; e ponto terminal para chuveiro.

Fique sempre de olho em nosso blog para ficar por dentro das atualidades do mercado e para seguir alguns passo-a-passo.